sexta-feira, 27 de maio de 2011

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Fátima

Fátima


Independentemente de religiões, acredito que a vida em seu cotidiano é feita de pequenos milagres, as vezes nem nos damos conta mas é sempre bom quando descobrimos que eles acontecem .
S empre tive um afeto em especial por esta Grande Mãe a quem amo muito.
Quando na primeira série do ensino fundamental, no colégio de freiras, tive uma professora de quem nunca vou me esquecer, Irmã Maria. Ela nos contava sobre a vida e exemplo de diversos santos, querendo nos ensinar sobre humildade, bom caráter, solidariedade, amor incondicional, etc. Tentava nos formar como pessoas fraternas, honestas e sempre prontas a estender a mão ou retribuir a ingratidão com um belo sorriso.
Um dia, ao nos contar sobre Nossa Senhora de Fátima, bem como de Jacinta, Francisco e Lúcia. Eu não aceitava a idéia de que Jacinta e Francisco pudessem morrer tão cedo e um modo de me convencer de que segredos devem ser guardados, a doce irmã me disse que eles haviam sido levados aos céus e que assim Nossa Senhora o tinha feito quase como um castigo por revelarem os segredos das aparições que deveriam, ser reveladas ao seu tempo. Me lembro de ter ficado febril, era inverno. E num sonho brigava com Nossa Senhora e ela me dizia que eles haviam sido levados por serem puros demais, bons demais para continuar aqui, os santos deveriam retornar aos céus. Contei o sonho para minha mãe e ela foi tomar satisfações sobre o mal entendido sobre a história de Fátima. Claro que a irmã nunca poderia imaginar minha reação. Então ela confirmou o que a mãezinha do céu me tinha dito em sonho. Ainda assim, fiquei um tempo ressabiada, até sonhar com ela novamente, apenas brincávamos com muitas crianças. Minha família vem de tradição portuguesa, natural que o culto à Nossa Senhora de Fátima seja difundido desde muito pequenos. E me apeguei à Ela. Já adulta, passei por um momento muito difícil, 
dentre tantos. Havia perdido meu primeiro filho no início da gestação por não saber que estava grávida. Só pensava na carreira, confesso. Meu relógio biológico deu o start e queria tentar novamente. Um ano e meio após o aborto e nada. Hormônios, estimulantes ovarianos, inseminações e nada. Um santo médico descobriu que eu tinha endometriose, fiz uma laparoscopia e voilá, lá se foi a endometriose, mais um ano e meio de tratamento e quando estava para marcar minha inseminação definitiva, na Santa Casa, fiquei sabendo da visita da imagem peregrina de Fátima ao Brasil em 2004. Aconteceu de um tudo e não pude ir até seu encontro.
No dia de seu retorno à Portugal, sentia que não devia ter deixado de ir, tinha esperança de alcançar um milagre, o de conseguir ser mãe. Ao final do dia, estava indo para a faculdade Unibero, Brigadeiro Luiz Antonio, o frio cortava gelado pela rua do Viaduto Condessa de São Joaquim, ao chegar na esquina com a Brigadeiro, notei um trânsito anormal, pessoas buzinando ao longe, sirenes de bombeiro, pessoas caminhando ao lado do caminhão de bombeiros cantando e aplaudindo. Foi então que vislumbrei sobre o caminhão a imagem peregrina. O sinal fechou bem na esquina onde estava, o caminhão parou defronte a 
mim. Caí de joelhos em lágrimas, aquilo não podia estar acontecendo, ela já deveria estar a caminho de Portugal. Um imprevisto em uma viagem ao interior de São Paulo, havia adiado em mais um dia a estada da imagem peregrina e naquele momento ela voltava à igreja de Fátima por aquele caminho, de onde partiria da na manhã seguinte rumo a Portugal. Pois é, no mês seguinte o milagre aconteceu. Hoje ele tem 5 anos e seus irmãos 3 e 1 anos e meio. Salve Fátima, Grande Mãe!!!! Hoje em particular te peço colo!!!